Somos todos da Universidade Monstros
Faz tempo que tenho dificuldade em escolher meu filme
favorito da Pixar. O estúdio tem bem menos filmes que a Disney clássica, o que
devia reduzir as opções, mas o fato de quase todos serem incríveis e marcantes
complica bastante minha vida (e eu nem tô reclamando, continua assim que tá
bom). No entanto, faz um tempo que Universidade Monstros, de 2013, vem ocupando
mais espaço no meu coração, e eu tento explicar porque nesse post.
Por que Universidade Monstros é tão identificável?
Antes, vamos clarear uma coisa: Universidade Monstros foi
lançado doze anos depois de Monstros S.A., e há quem diga que isso foi
proposital para que as crianças da época da primeira estreia estivessem
ingressando na faculdade no ano do segundo filme, e essa identificação pudesse
acontecer pelo simples fato dele contar a história dos protagonistas quando
entraram nessa vida. Mas e aí, como exatamente rola esse sentimento?
Falar “rola esse sentimento” parece coisa de paquera. Quem aí tem crush na universidade? |
Pra começar, vamos falar dos
Estereótipos Acadêmicos
As patricinhas todas iguais, o tio mais velho que voltou a
estudar, piada com o aluno de filosofia que viaja nas ideias... Todos esses são
fáceis de lembrar quando penso na minha vida universitária, mas tem até alguns que
acabam me lembrando da escola:
A bibliotecária sinistra.
Pode ser clichê como for, mas lembro perfeitamente de uma tia exatamente igual a essa na biblioteca do meu ensino fundamental. |
Esforço x talento
"Não precisa estudar pra assustar, é só assustar" |
Dois tipos de aluno... |
Rivalidade
A
competição não se limita nos Jogos de Susto: A tensão entre Mike e Sully é um
pequeno resumo da pressão que um estudante sente para se mostrar o melhor.
Porque outro fato da universidade, é que os melhores se destacam. Seja se você
for estudioso, dedicado ou apenas se souber como aparecer. O negócio é que
sempre pode aparecer alguém que chame mais atenção dos professores. E você pode
ficar bem irritado com isso. Mas tem uma
coisa que eu aprendi, não só nos filmes como na vida, e que nos leva a outro
ponto de identificação:
Ir atrás do que você
gosta.
Acompanhe meu raciocínio: Se você gosta, naturalmente vai querer se dedicar, se você se dedicar, as coisas vão sair bem feitas, se as coisas ficarem bem feitas, você vai longe. E falando nisso, qual é o ponto principal do filme? Monstros que sonham em trabalhar na indústria de sustos (vocês não sabem como eu amo falar esses termos como se fosse coisa séria). E por mais que eles sejam bobos, excluídos e subestimados, não medem esforços e de um jeito bem surpreendente, acabam chegando lá, apesar de um outro fator chamado...
Acompanhe meu raciocínio: Se você gosta, naturalmente vai querer se dedicar, se você se dedicar, as coisas vão sair bem feitas, se as coisas ficarem bem feitas, você vai longe. E falando nisso, qual é o ponto principal do filme? Monstros que sonham em trabalhar na indústria de sustos (vocês não sabem como eu amo falar esses termos como se fosse coisa séria). E por mais que eles sejam bobos, excluídos e subestimados, não medem esforços e de um jeito bem surpreendente, acabam chegando lá, apesar de um outro fator chamado...
Gente te colocando pra baixo. Tipo, MUITO.
"Depois que perderem, ninguém vai lembrar de vocês" |
"Talvez, mas quando você perder, ninguém vai te deixar esquecer" |
Esse filme podia render muito pano pra manga (ou muita manga pra camisa, se você é um monstro de vários braços. A loja da Disney chegou a vender suéteres de 4 braços, na época da estreia) e uma boa discussão que pode gerar é sobre AMIZADE: na universidade (dos monstros e dos humanos) amizades se formam e se acabam de maneiras inesperadas, são postas a prova e levam a escolhas difíceis, e essa é mais um ingrediente que fazem esse filme ser tão legal.
A relação de Mike, Sulley e Randall resumida em um GIF... |
Ah, e um visual lindo que só vendo! |