Como Encantada é uma homenagem a várias coisas legais.

Nova York. Musicais. A própria Disney e suas amadas princesas. Esses são os ingredientes para formar um filme maravilhoso que conta a aventura e o crescimento de uma garota dos contos de fada em um passeio ao mundo real.

Antes de tudo, isso não é uma resenha, mesmo porque, estaríamos (só) oito anos atrasados, né? No entanto, é um bom momento para lembrar desse sucesso Disney que ganhou os cinemas em 2010, já que, há um tempinho foi confirmada uma continuação (eba!) A história da adorável princesa Giselle fez muita gente abraçar sua princesa interior e ser menos “Robert” é muito especial para quem vos escreve por vários motivos, entre eles, o fato de ser o filme Disney preferido da minha mãe <3

Encantada trouxe várias inovações: um personagem questionar por que de repente todo mundo tá cantando (antes de Flynn Ryder de Rapunzel), uma princesa que salva seu amor (o gatíssimo Patrick Dempsey, de Grey's Anatomy) além de, eventualmente, ela se tocar que não é uma boa se casar com alguém que conhece há um dia (antes de Frozen, tá?). Além de tudo isso, ainda tem aquela revisitação LINDA da animação 2D com Live-Action que a gente não via desde, sei lá, Mary Poppins?

Mas não é só por isso que essa lindeza de 2010 merece mais atenção. Uma das coisas mais legais em Encantada é como o filme acaba sendo uma bela homenagem aos filmes clássicos da Disney, com sua intertextualidade e referências. Então vamos lá falar de como Encantada é uma homenagem a várias coisas legais.

Princesas clássicas (literalmente) dando as caras.

                                           

 Sabe aquela história de “vozes que você conhece, rostos que não vê” que usam pra falar dos dubladores? Para o público americano, deve ter sido uma bela surpresa se deparar com duas cenas especiais onde se ouve nada menos que a voz original da Bela e da Ariel!

Nossa sereia preferida ganhou pernas em 2010 e foi direto para Nova York como a secretária de Robert, o mocinho (realisticamente) encantador. Estamos falando da ponta de Jodie Benson, dubladora da princesa em 1989 nessa cena do escritório

Enquanto isso, a protagonista do conto imortal sobre beleza além das aparências, aparece justamente dando uma “lição de moral” no lacaio Nathaniel, através de uma novela na TV, nessa cena onde Paige O’hara, voz da Bela no filme de 1991 faz uma participação especial.

Falou em contos de fadas no cinema, quase todo mundo pensa logo no Mundo do Mickey, né? É tanto que a Disney foi responsável por trazer boa parte dessas histórias para a telona (claro, com umas mudanças aqui e acolá, mas isso pode ser tema para outro post, ou não, porque  TODO mundo fala sobre “os contos de fada que a Disney não mostra...”)  

Então, naturalmente, o estúdio tem brindado gerações com algumas cenas nada menos que ÉPICAS que todo mundo reconhece e ninguém esquece. Justificando o título do post, Encantada consegue recriar essas cenas de um jeito divertido, esteticamente belo, e ainda super pertinente para a história.

A linda e malvada madrasta se disfarçando de velhinha para oferecer uma maçã envenenada

                                       

Essa cena linda com o sapatinho, que aqui no caso foi perdido num momento eletrizante.

O príncipe (também quase) encantado meio que fazendo careta ao se olhar no espelho, lembrando os hábitos de Gaston (eu não acho que eles tenham nada a ver entre si, mas essa parte eu vi nos extras do DVD que era referência!)

 Giselle tem uma estátua do seu príncipe, bem semelhante a uma certa sereia...

                                            

Além disso, quem mais conta com a ajuda de bichinhos para realizar trabalhos domésticos?

Ainda temos uma referência para quem tem mais do que olhos treinados. Você lembra dessa diva, né?

                                          

Já falei da genial Idina Menzel e seu reinado na Disney nesse post, e no filme Encantada, ela interpreta a futura madrasta, que não é má, mas também não aparenta ser princesa. E qual o nome da fofa? Nancy... atenção! TREMAINE. Quem compartilha esse sobrenome na Disney?

Ela mesma, a madrasta da Cinderela. Me digam, quando a Disney dá um ponto sem nó?

Essa não é a única referência que a atriz carrega par ao filme: como já mencionado antes, Menzel é uma renomada artista da Broadway, e esse pedacinho de Nova York, com seu maravilhoso mundo do espetáculo de palco que tanto influenciou a Disney em seus musicais (temos várias animações para provar), também é homenageado dessa e de outra forma em Encantada.

Muitas cenas importantes se passam na Broadway. Mesmo quando não vemos os cartazes brilhantes e coloridos na famosa quinta avenida, podemos ouvir o Príncipe Edward conversando com a tv, que ele acha ser um “espelho mágico”, e indicando o endereço no bairro mais mágico da cidade.

Outra referência bem legal ao teatro musical, é o número super aleatório (e lindo) iniciado no Central Park, onde Giselle questiona Robert acerca de suas provas de amor para Nancy (How does she know/ Como ela sabe). Um momento completamente “no mundo Disney as músicas começam do nada não importam as circunstâncias”, que é tanto uma homenagem a nossos clássicos como a tradição Nova Iorquina.  

A cena também conta com atores/dançarinos que vieram direto do espetáculo Mary Poppins, onde interpretavam os limpadores de chaminé de maior pé de valsa do mundo e que em Encantada são velhinhos românticos que surpreendem com seus passos espertos e charme galanteador.

Para o “final feliz” desse post espero que ele te lembre da magia deste filme que nos faz viajar o tempo todo entre a tradição mágica dos contos de fadas e o encantamento moderno da Nova Iorque, que por sinal, não poderia ter um apelido melhor para ser cenário de uma clássica história de princesa, afinal, quem não quer dar uma mordida na Grande Maçã?